sábado, 31 de janeiro de 2015

Náufrago do amor


          Depois de cinco longos anos de namoro, noivado; marcamos a data do casamento... A felicidade brilhava em nossos corações. Faltavam vinte dias para o grande dia. Eu não via hora de chegar logo... As horas demoravam passar. Era tanto amor, que, ela era o verdadeiro sentido da minha vida.
          Compramos um apartamento em Maringá. Mobiliamos à caráter. Parecia um pedacinho do nosso céu, e era. Era a nossa cara. O nosso mundo estava cercado de estrelas cintilantes. Se o sol nascia, era motivo para brindarmos; se a lua mostrava a sua face, sorríamos; se a chuva molhava nossa cabeça, brincávamos. Parecíamos duas crianças felízes.
          Precisei viajar para Curitiba, e na Serra do Cadiado, uma tempestade me fez perder a direção do meu carro e bati fortemente... Entrei em coma e fiquei afastado do mundo por seis anos.
           Há seis meses retomei minha vida. Como um fênix ressurgi das minhas cinzas... Tive que aprender a me virar sozinho, perdi tudo. Perdi meu céu, acordei da morte e o meu mundo hoje é obscuro, sem futuro.
           Hoje estou aqui no cemitério diante do túmulo da minha amada. Ela não resistiu a um enfarte há dois anos e teve morte súbita. Eu era tão feliz e hoje tudo é pesadelo. Olho sua foto e choro... Nosso destino não estava escrito assim. Algo deu errado. Eu não entendo!
            Vendi o nosso apartamento. Não consigo gostar de mais ninguém. Eu a amava muito. Nosso amor era um conto de fada. Ela foi meu único amor. Ela vive dentro de mim, eu a vejo em todo lugar, ela está em mim e eu nela. Sem ela o mundo não tem graça. O sol perdeu a cor, a lua perdeu a poesia e a chuva são como lágrimas caindo do céu... Tudo acabou.
             Sou o náufrago do amor. Vivo por viver. Perdi o meu amor. Ela estava viva e eu quase morto. Hoje ela está morta e eu quase vivo. O que permanece é o nosso amor. Vou esperar o tempo que for para encontrá-la e poder reviver nosso amor.
               Eu sei que para muita gente, amar assim, não tem graça. Mas nada me faz mudar de idéia. Eu sei que um dia vou reencontrá-la e vamos ser muito felízes. O meu amor é assim, verdadeiro, completo. Uma tragédia não vai tirar de mim o que tenho de mais precioso, o meu sentimento de amor por ela, porque eu a amo. Até breve meu amor!
         
         
Professor Osmar Fernandes
Enviado por Professor Osmar Fernandes em 27/05/2009
Reeditado em 27/05/2009
Código do texto: T1618053

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